ASSUNTO: Fichamento do texto 6 da Disciplina Oficinas Tecnológicas. Curso de Gestão Escolar. Brasília: UnB/Ministério da Educação. 2013.
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Gestão de tecnologias na escola. Programa Salto para o Futuro: Brasília: Seed/MEC. set. 2002. (Série Tecnologia e Educação: Novos tempos, outros rumos).
Resumo
O texto relata o histórico da TIC na educação, desde o uso só técnico-administrativo ou adicional na aprendizagem, até o uso como suporte para criação de espaço articulador e redimensionador da escola, com gestão participativa e aprendizagem colaborativa. Também destaca a importância da formação de todos profissionais da escola no uso da TIC, transformando a direção escolar e coordenadores pedagógicos em gestores do sistema tecnológico e informacional em nível pedagógico e administrativo. Constata ainda que a inserção da TIC na prática escolar, liderada pelo gestor, cria nova cultura de trabalho em equipe e concepção de PPP, propiciando uma construção coletiva da informação, através de ambientes virtuais. Por fim, relata iniciativas do ProInfo, na formação continuada e em serviço de gestores de escolas públicas para incorporação da TIC.
2) Citações principais do texto:
“Há de se empregar nas ações de hoje todos os recursos disponíveis, inclusive TICs, tendo em vista a criação de comunidades colaborativas, que propiciem a criação de suas próprias redes de conhecimento, cuja trama ajuda a construir uma sociedade solidária e humanitária.”
“Assim, as TICs podem ser incorporadas na escola como suporte para: a comunicação entre os educadores da escola, pais, especialistas, membros da comunidade e de outras organizações; a criação de um fluxo de informações e troca de experiências, que dê subsídios para a tomada de decisões; a realização de atividades colaborativas, cujas produções permitam enfrentar os problemas da realidade .......”
“Várias atividades de formação de educadores para o uso pedagógico das TIC têm se desenvolvido ........, o que constitui um avanço. Mesmo assim, outras dificuldades se fazem presentes, as quais se relacionam tanto com a ausência de condições físicas, materiais e técnicas adequadas, quanto com a postura dos dirigentes escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica.”
“A superação da dicotomia entre o pedagógico e o técnico-administrativo, instalada na cultura escolar, encontra eco em concepções educacionais que enfatizam o trabalho em equipe, a gestão de lideranças e a concepção e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola, tendo em vista a escola como organização viva que aprende empregando todos os recursos disponíveis, entre os quais as TIC.”
“......... nova tomada de consciência leva à percepção de que o papel do gestor não é apenas o de prover condições para o uso efetivo das TIC em sala de aula, e sim que a gestão das TIC na escola implica gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e informacional.”
“......... observa-se a disponibilidade de ambientes virtuais para formação e criação de comunidades colaborativas que apresentam um forte potencial para aglutinar recursos tecnológicos, especialistas, formadores e educadores em torno de atividades que permitam trilhar novos caminhos na formação continuada a distância, baseada num trabalho contextualizado na realidade da escola, sem afastar de seu contexto de atuação educador em formação.
“Anuncia-se novo tempo, cabendo a cada educador, seja gestor ou professor, participar de processos de formação continuada e em serviços que criam oportunidade de formação de redes colaborativas de aprendizagem, apoiadas em ambientes virtuais para encontrar, no coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor conforme identidade da escola e com contexto em que se encontra inserida.”
3) Comentários:
O texto nos situa de que a inserção das TICs na escola faz parte de um processo evolutivo de tomada de consciência tanto do governo, com programas específicos para isso, como dos agentes profissionais da educação, em especial dos gestores, que podem atuar como líderes para conquista de uma concepção coletiva de participação e construção de conhecimento e aprendizagem, adaptado à realidade específica do contexto de cada escola.
Além disso, apresenta exemplos de como estão sendo enfrentadas, pelo Ministério da Educação, as dificuldades da “pouca familiaridade dos diretores escolares com a questão tecnológica”, oferecendo formação sobre uso das TICs aos educadores e gestores. No entanto, não relata como estão sendo enfrentadas as dificuldades relacionadas à “ausência de condições físicas, materiais e técnicas adequadas para o uso da TIC” na melhoria de qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
Tal fato é uma lacuna que nos faz falta, pois considero que, assim como é prejudicial uma dicotomia entre o aspecto técnico-administrativo e o pedagógico na inserção das TICs na escola, também é bastante prejudicial a não oferta de condições de infraestrutura adequada no espaço escolar para essa inserção, podendo chegar até a inviabilizar tal incorporação.
4) Questionamentos:
É possível a implantação de uma nova cultura escolar, com o uso facilitador das redes virtuais de aprendizagem, sem haver concomitantemente o devido investimento na infraestrutura da escola e na valorização dos profissionais da educação?
Como é possível a TIC na escola auxiliar na formação do indivíduo, enquanto cidadão solidário, responsável, criativo e crítico, se o professor não tem como atender e respeitar a identidade e necessidade individual dos alunos, uma vez que as salas de aula são superlotadas?
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